Matheus figueredo
O Trovadorismo, conhecido também como Primeira Época Medieval, é o primeiro movimento literário da língua portuguesa. Surgiu no século XII, quando Portugal despontava como nação independente, em Provença (região do sul da atual França), e se espalhou por quase toda a Europa, se estendendo até o início do século XV, com o início da expansão marítima. A lírica medieval galaico-portuguesa tem suas próprias características, uma grande produtividade e um número considerável de autores conservados.
O seu contexto histórico é a Baixa Idade Média. A sociedade era extremamente estratificada e organizada a partir das relações de vassalagem e de servidão. Devido à presença forte da Igreja Católica, prevalece-se o pensamento teocêntrico. Na península ibérica, viviam-se as guerras de Reconquista, nas quais forças cristãs retomavam dos árabes o controle total da península.
Em Portugal, a língua usada nos textos trovadorescos era o galego-português. Essa língua era falada no norte do país e predominou nas manifestações literárias do século XII ao XIV. Apenas com a consolidação política de Portugal, no século XIV, o português começa a se diferenciar do galego, processo que se conclui no século XIV. Há certa discussão para saber-se qual é a primeira manifestação literária galaico-portuguesa. Alguns apontam como “Ora faz host’o senhor de Navarra”, do trovador português João Soares de Paiva (ou Pávia), enquanto outros defendem a “Cantiga da Ribeirinha”, escrita por Paio Soares de Taveirós, como o marco inicial da literatura galego-portuguesa. No Trovadorismo havia uma hierarquia artística: * Trovador: de origem normalmente nobre, compunha sem preocupações financeiras. * Jogral, segrel ou menestrel: homem de condição social inferior, que exercia sua profissão de castelo em castelo, entretendo a nobreza. Esses artistas cantavam canções compostas pelo trovador, e também alguns compunham as próprias. * Soldadeira ou jogralesa: moça que dançava, cantava