Materialismo dialético
O materialismo dialético é uma vertente do marxismo, presente sobretudo na extinta União Soviética. O modelo é fruto da síntese da dialética hegeliana com o materialismo de Feuerbach, através da interpretação da obra de Marx. Esse termo foi criado por Joseph Dietzgen no final do século XIX. Dietzgen, um socialista, correspondeu-se com Marx durante e depois da fracassada Revolução Alemã de 1848, tendo descoberto o materialismo dialético de forma independente de Marx e Engels. O materialismo dialético tem sua origem em dois aspectos da obra de Marx. Um deles é a transformação do entendimento idealista da dialética por Hegel em um entendimento materialista, procedimento comumente referido como um retorno da dialética hegeliana aos seus princípios. O outro aspecto é a idéia de que, segundo o manifesto comunista, toda a história da sociedade até o momento é a história da luta entre classes. O materialismo é uma forma de pensamento radicalmente empírica, baseada na convição de que todo e qualquer fenômeno origina-se de uma causa física, podendo ser entendido e explicado através das ciências naturais. Essa forma de pensamento prevê que a matéria é a explicação total do espaço, da natureza, do homem, da sociedade, da história e de todos os demais aspectos da existência. Desse modo, o materialismo não reconhece qualquer fenômeno que não possa ser percebido pelos cinco sentidos humanos, como Deus e o sobrenatural. A faceta ateísta, típica do materialismo dialético e portanto do marxismo, motivou os regimes comunistas e social-marxistas a perseguirem duramente os defensores da religião, comumente punindo com morte os contrários a essas determinações. Isso revela, também, a face totalitária e ditatorial dos modelos marxistas. Para o materialista, a única realidade possível e efetivamente existente é a matéria, que está em contínua evolução, fruto do choque de forças antagônicas. Desse modo, supostamente toda a história seria uma sucessão