Material De Pensos Gorete
Há cerca de 1700 a.C., as pessoas utilizavam produtos naturais para o tratamento de feridas, como por exemplo, mel, gema de ovo, resina, linho para suturar e carne fresca.
Na década de 60 George D. Winter revolucionou os conceitos rudimentares utilizados no tratamento de feridas cutâneas, ao demonstrar que feridas em animais cicatrizam duas vezes mais rápido com a aplicação de filmes de polietileno do que as feridas tratadas através dos métodos tradicionais.
Através da investigação de George Winter passou-se a compreender que o penso poderia ter outra função além de ser uma barreira mecânica e protetora: estabelecer interação com a lesão cutânea (material de penso interativo).
A partir deste momento surgiram muitos estudos experimentais que reforçaram a importância de manter a humidade e uma temperatura amena no leito da ferida para acelerar o processo de cicatrização. Com base nestes estudos, em 1982 estabeleceram-se as principais características que os materiais de penso devem constituir:
Manter um ambiente húmido no leito da ferida;
Retirar do local lesado os componentes tóxicos e o exsudado;
Permitir trocas gasosas;
Manter a temperatura próxima da temperatura corporal, a fim de facilitar a atividade dos macrófagos e a mitose durante o processo de granulação;
Ser impermeável a bactérias;
Ser traumático na sua remoção;
Não ter partículas tóxicas.
Atualmente consideram-se fundamentais, em adição às características atrás de referidas, outros aspetos tais como:
Esterilidade;
Capacidade de adesão á pele circundante;
Variedade de tamanhos;
Facilidade de manuseio;
Resistência á manipulação;
Conforto para o doente…
Caracterização e sistematização do material de penso
Existem diversos materiais de pensos e cada qual tem as suas vantagens e aplicações diferentes. Os pensos podem-se classificar por absorventes, desbridantes, hemostáticos, material de penso impregnado, promotores de cicatrização e filmes e cada tipo compreende vários tipos de