Materiais para Próteses
Lista de Figuras e Tabelas
1. Introdução
De acordo com a Associação Médica Brasileira, prótese é todo dispositivo permanente ou transitório que substitui total ou parcialmente um membro, órgão ou tecido. À medida que os seres humanos envelhecem, eles começam a se desgastar. Embora a maioria dos fatores responsáveis pelo envelhecimento não sejam compreendidos, as consequências são bastante visíveis. Além disso, o avanço tecnológico trouxe ainda algumas consequências antinaturais de deterioração do corpo humano.
Diante dessas consequências naturais e antinaturais, a cada ano são implantadas cerca de 2 a 3 milhões de partes artificiais ou próteses em indivíduos nos Estados Unidos (ORÉFICE et al., 2012). São mais de 50 tipos de dispositivos fabricados em mais de 40 materiais diferentes isolados ou em variadas combinações. Os avanços alcançados na medicina e odontologia modernas têm possibilitado o desenvolvimento de técnicas que geram uma melhor qualidade de vida. A disponibilização dessas técnicas tem oferecido novas opções aos pacientes mutilados, como a substituição total ou parcial de ossos fraturados por implantes e próteses.
Inicialmente utilizavam-se materiais inertes como os aços inoxidáveis e a alumina. Nos anos 70, foi introduzido o conceito de osteointegração como sendo a ligação direta, estrutural e funcional entre osso ordenado e vivo e a superfície de um implante sujeito a cargas funcionais. Com a introdução desse conceito, as pesquisas passaram a se concentrar em materiais e projetos, visando acelerar a osteointegração, ou seja, diminuir o tempo necessário para a aposição óssea.
Recentemente, a otimização das propriedades de superfície tem sido explorada. Alterações na camada de óxido de metais como o titânio e técnicas de recobrimento com materiais bioativos também têm sido investigados. Dentre os materiais bioativos, a hidroxiapatita, Ca10(PO4)6(OH)2 se destaca pela sua semelhança com