Materiais naturais e artificiais
Memorial:
As futuras instalações do SESC Franca deverão construir as condições necessárias para que a ação comunitária e socioeducativa a ser desenvolvida nesta unidade esteja diretamente vinculada à fruição da situação urbana e geográfica privilegiada do lugar onde estará inserida, em uma das colinas que marcam o vale do córrego Cubatão.
A partir dessa motivação, apareceu como oportuno caracterizar o projeto através das seguintes operações:
1. Conformar dois pavilhões e um exuberante jardim, para enfrentar a acentuada declividade do terreno
Organizar dois pavilhões em torno de um jardim central, que atravessa longitudinalmente todo o lote e ocupa a área de declividade mais crítica do terreno. Esta implantação reserva os dois principais platôs naturais existentes para a instalação dos blocos de construção e, ao mesmo tempo, determina com isto que todo o programa abrigado neles possa desfrutar da condição privilegiada de estar defronte de uma improvável área verde, a qual se imaginou ocupada por uma representativa amostra da mata local.
O bloco junto à avenida Dr. Ismael Alonso y Alonso foi chamado de Pavilhão da Praça, por sua ligação imediata com a cidade, e o bloco à cota superior, Pavilhão das Águas, pela lúdica presença das piscinas. Os dois pavilhões organizam o programa de maneira a vinculá-los sempre à paisagem urbana e à natureza do jardim construído. 2. Programas
2.1. Orientar o fácil reconhecimento das atividades no espaço
Em primeiro lugar, determinou-se uma grande praça coberta de convivência vinculada à cota inferior, junto à avenida, que articula todos os espaços do projeto, internos e externos. Esta praça, sob um pé direito de 16m, permite, como uma grande janela, a visão do jardim já desde a avenida, e constrói o principal acesso para o público geral.
No térreo, a praça organiza em seu entorno os principais programas ligados aos serviços de atendimento ao público, constituindo uma área de acolhimento ligada ao jardim.