Materiais de construção
Durante mais de um milhão de anos o homem utilizou praticamente apenas cinco materiais de construção, de que dispunha quase sem transformação: a madeira, a pedra, o osso, o chifre e as peles. A disponibilidade imediata dos materiais era o principal fator que condicionava os sistemas construtivos em habitação. No princípio do Neolítico, operou-se uma série de transformações radicais, que conduziu também a um enriquecimento quantitativo e qualitativo dos materiais utilizados pelo homem: argila, fibras animais, fibras vegetais e metais.
Foi somente após a Revolução Industrial que se operou uma drástica transformação nos materiais de construção e consequentemente nos sistemas construtivos, com a generalização inicialmente do aço e do vidro e, mais tarde, do betão armado.
Todas as obras de engenharia civil são realizadas com recurso a materiais de construção.
O dimensionamento estrutural de uma edificação só é possível quando se conhecem perfeitamente as propriedades mecânicas dos materiais que vão ser utilizados na sua construção.
De uma forma muito simples, pode-se afirmar que o cálculo estrutural de um edifício consiste na definição de áreas capazes de resistir a uma determinada solicitação (por exemplo, a uma carga, à ação do vento ou à ação de um sismo).
O uso racional dos materiais, do ponto de vista técnico e econômico, exige o conhecimento adequado das suas propriedades e dos processos de fabrico ou de transformação. Só assim será possível selecionar, entre várias opções viáveis, aquela que permita melhores desempenhos.
Torna-se, pois, necessário conhecer as propriedades básicas dos materiais, a sua origem e natureza, assim como o seu processo de fabrico.
É nesta ordem de idéias que iremos direcionar o nosso trabalho todo estritamente às propriedades físicas, químicas e mecânicas dos materiais de construção.
2. OBJETIVO GERAL
É de obrigação dos engenheiros compreenderem como as várias propriedades mecânicas são