Materia organica
Matéria orgânica do solo (MOS) pode ser entendida como a fração que compreende todos os organismos vivos e seus restos vegetais que se encontram no solo, nos mais variados graus de decomposição ( Silva & Mendonça 2007).
A fase sólida do solo constituída pela fração orgânica corresponde a MOS, constituída basicamente de C, H, O, N, S e P, sendo que o C corresponde a 58% da MOS.
No Brasil estima-se que os estoques de C orgânico na camada superficiais (0-30 cm) totalizem 36,4 ± 3,4.10¹⁵ g de C, considerando-se todos os solos sob condições de vegetação nativa (Bernoux et al., 2002).
A MOS é dividida em Matéria Orgânica Viva e Matéria Orgânica não vivente. A matéria orgânica viva está associada às células de organismos vivos que se encontram temporariamente imobilizados (dreno), mas que apresentam potencial de mineralização (fonte) (Silva & Mendonça, 2007), Ela raramente ultrapassa 4% do carbono orgânico total do solo, podendo ser subdividida em raízes, microorganismos e fauna do solo. A biomassa microbiana é a principal constituinte da MOS viva. Ela atua como agente decompositor e como reserva lábil de C e nutrientes. A redução do material orgânico leva ao aumento da superfície de contato, favorecendo a ação dos microorganismos no processo de decomposição / mineralização do material aportado ao solo e na transformação da MOS formando substâncias húmicas (Silva & Mendonça, 2007). Já a MOS não vivente contribui, em média, com 98% do C em formas orgânicas do solo, podendo ser subdividida em matéria macrorgânica, composta por restos vegetais em vários estágios de alteração e húmus.
A MOS sofre influência do clima regional, do tipo de vegetação predominante e do uso da terra sobre estoques de C do solo, podendo sofrer variações no seu estado levando o C a mineralização ou a imobilização. O acúmulo de matéria orgânica no solo é