Todos os arranjos atômicos, que dão forma e massa ao universo visível, são plausíveis de uma ordenação e explicação numérico-matemática. Na verdade, a matemática está tão arraigada aos padrões existentes na natureza que, para entendê-los, foi necessário o surgimento dos físicos. O trabalho dos físicos nada mais é do que organizar os eventos naturais por meio de equações matemáticas- e, dessa forma, tornar o estudo nesse nível mais simples e sofisticado. Olhando no âmbito orgânico, especificamente numa estonteante e complexa molécula de ADN, podemos observar padrões estruturais e funcionais que dependem de uma explicação matemática- se pensarmos na própria descoberta do ADN, iremos nos deparar com físicos tendo papel fundamental nessa descoberta (na parceria de biólogos e químicos, numa gigantesca tarefa multidisciplinar). Extrapolando para uma organização animal, que é o produto final dessa molécula (um bando de pássaros, por exemplo), esses padrões podem ficar mais claros; alias, todo comportamento animal fica mais compreensível quando os dados são plotados em gráficos e matrizes, e as devidas inter-relações ambientais são levadas em conta. Em todos os graus orgânicos (e também inorgânicos) firma-se uma relação atômica. Essa relação tentará gerar certa estabilidade em meio à segunda lei da termodinâmica (entropia), e a busca por essa condição mais estável é a chave para os mais belos aglomerados de átomos (estejam eles formando um cristal ou uma matilha de lobos, por exemplo). Todos os amontoados atômicos que existem são suscetíveis a uma classificação relativa ao seu grau de estabilidade. Assim, toda matéria que existe hoje possui esse grau elevado, caso contrário, simplesmente não existiria. Quando aplicamos os números nesse nível, certa “nuvem” de interrogações pode espraiar por nossa mente, principalmente quando percebemos o quão simples é o universo e, ao mesmo tempo, tão complexo. Mas precisamos deles, principalmente quando dividimos os