Matematica financeira
Analisando pela ótica da Matemática Financeira, R$ 1.000,00 hoje não são iguais a R$ 1.000,00 em qualquer outra data, pois o dinheiro cresce no tempo ao longo dos períodos (dias, meses, bimestres, semestres, anos, etc.).
Imagine que esses R$ 1.000,00 fossem um valor que você tivesse a receber. Se lhe fosse dada a opção de escolher entre recebê-los agora ou daqui a 1 mês, certamente você preferiria recebê-los neste momento. Por outro lado, se se tratasse de uma dívida sua com terceiros, provavelmente a sua opção seria totalmente oposta, ou seja, você preferiria pagar os R$ 1.000,00 ao final de 1 mês.
Não podemos comparar R$ 1.000,00 hoje com R$ 1.000,00 daqui a 1 mês, 1 ano, ou em qualquer outra época: estes valores não se equivalem. Seria necessário, por exemplo, compensar o credor, ou investidor pelo fato de os R$ 1.000,00 que ele emprestou ou aplicou, retornarem para ele somente numa data futura; por outro lado, seria necessário “penalizar” o devedor ou tomador desse recurso, pois, recebeu-o hoje e o devolverá somente em uma data futura.
A “compensação” para o credor/investidor e a “penalidade” imposta ao devedor/tomador se referem ao preço a ser pago por este àquele, pelo fato de o segundo estar de posse de um capital pertencente ao primeiro. A esse preço podemos chamar de taxa, ou mesmo de remuneração paga pelo mercado a este capital. A taxa aplicada sobre determinado capital gera para o credor uma renda ou ganho e para o devedor um custo ou uma perda financeira. O ganho ou a perda financeira são os juros.
Mathias & Gomes, 2008 destacam que
A noção de juro decorre do fato de que a maioria das pessoas prefere consumir seus bens no presente e não no futuro. Em outras palavras, havendo uma preferência temporal para consumir, as pessoas querem uma recompensa pela abstinência. Este prêmio para que não haja consumo é o juro. (Mathias & Ferreira, 2008, p. 03)
Portanto, é importante observar que