Mate o garoto e deixe o homem nascer
É de comum acordo entre os fãs leitores das Crônicas de Gelo e Fogo que os livros que são a base para a atual temporada de “Game of Thrones” figuram entre os mais fracos da série. Sendo assim, a expectativa para os acontecimentos deste ano não eram muito altas. Mas foi aí que os showrunners viram a oportunidade de nos surpreender e transformar essa adaptação em uma história bem mais fluida e envolvente. A maneira mais evidente dessa turbinada que o material teve é a presença constante do passado na tela, desde o flashback de Cersei, até o reconto de momentos com Rhaegar e o Rei Louco que definiram a história que nos é contada hoje. Essa mescla tornou o material de base em algo mais palatável e até a antiga Valíria teve sua chance de aparecer na telinha da HBO. Uma estratégia vencedora e que, se continuada, pode transformar essa na melhor temporada do seriado.
Essa semana, os acontecimentos do Norte foram priorizados, já que o conflito iminente entre os Bolton e Stannis se aproxima e, num caso raríssimo, Porto Real sequer deu as caras. Então, hora de iniciar nossa análise geográfica do episódio que marcou o fim da primeira metade da atual temporada.
Meereen
Confirmando a triste e sentida morte de Sor Barristan logo no início do episódio, vemos Dany enfim decidindo matar a garota dentro de si e deixar a adulta tomadora de decisões controlar as rédeas de sua cidade em caos. A cena dos dragões foi um “dragon porn” ao extremo: fogo, sangue e morte em pedaços. Com certeza um momento que nos teve vibrando ao ver uma Dany mais certa de suas decisões. Entretanto, a verdadeira estrategista governante se mostrou quando ela decidiu fazer uma arriscada aposta pela paz em Meereen. E isso envolve casar novamente.
O casamento no mundo de Westeros é visto como uma aliança inquebrável, uma consolidação de uma união que não pode ser questionada. Quando a Mãe dos Dragões anunciou o seu noivado com Hizdahr, não chegou a ser uma surpresa do ponto