Mastite
Mastite
I. Introdução:
A glândula mamária tem por função original produzir alimento para cria até que esteja apta a se alimentar como adulto. Para tal, a natureza exige produção equivalente às necessidades do filhote (em torno de 10% do seu peso por dia, na primeira fase de sua vida).
Portanto, a maioria das vacas poderia produzir apenas de 4 a 6 litros por dia, considerando bezerros que venham a nascer com
40 a 60 kg. Com o interesse humano na utilização do leite, progressivamente foram implantados procedimentos visando aumentar a produção da glândula mamária. Esse interesse fez com que a glândula fosse exposta a muitos fatores de agressão contínua, tais como ordenha imprópria (mãos sujas, máquinas mal calibradas), acúmulo de animais em estabulação e falta de higiene ambiental favorecendo contaminações; melhoramento genético enfocando produção e ignorando outras características.
A mastite se caracteriza pelo processo inflamatório na glândula mamária, independente da causa, com evolução aguda à crônica.
Pode se apresentar de forma clínica ou subclínica, conforme se evidencie ou não sinais de inflamação. A forma subclínica apresenta maior importância epidemiológica, pois pode se alastrar silenciosamente pelo rebanho sem que sejam percebidas alterações macroscópicas à inspeção do úbere ou de sua secreção.
Na forma clínica é possível verificar desde uma leve alteração no aspecto físico, químico e freqüentemente bacteriológico do leite até alterações patológicas do tecido glandular, interferindo diretamente na função do órgão, uma vez que a vaca com mastite tem a sua produtividade de leite diminuída, podendo chegar ao nível de perda inicial entre 15 a 20% em relação à produção láctea normal.
Dessa forma, o quadro de mastite determina uma série de alterações tanto na composição como nas características físicoquímicas do leite. Essas alterações nas características do leite podem ser