Mastite Aguda
Existem dois tipos de mastites aguda: lactacional e não-lactacional. A primeira é uma doença inflamatória aguda, infecciosa e geralmente unilateral (ocorre em um lado da mama). É mais freqüente em primiparas (primeira gestação). Se manifesta entre a segunda e quinta semana de lactação, podendo ocorrer também durante a gestação.
A estase (repouso) do leite favorece a formação de um meio de cultura ideal para germes, em especial para o Staphilococcus aureus, principal agente etiológico da doença.
A infecção se da de 3 formas: via orofaringe do recém nascido, quando contaminada com o microorganismo transfere para a mãe na amamentação; pode também ocorrer por fissuras aréolos-papilares, devido ao trauma da sucção, levando a uma mastite que atinge toda mama; via hematogênica, que é muito rara de acontecer.
Os principais sintomas são dor, febre, mal-estar e astenia (lezera). Curiosidade: Muitas mães acham que o leite fará mal para o bebê devido a doença, porém o desmame só aumenta a estase do leite e favorece o agravo da doença.
ASPECTOS HISTOLÓGICOS
Nas mastites periareolares recidivantes se considera seu desenvolvimento a partir da metaplasia do epitélio que reveste o ducto lactífero. Esta hipótese parte da observação de que o ducto lactífero normal apresenta transição entre os epitélios escamoso e colunar de forma abrupta a cerca de 2 mm da superfície do mamilo. Algumas pacientes com abscesso subareolar apresentam extensão do epitélio escamoso por porções mais extensas do ducto lactífero (Habif e col., 1970), favorecendo a presença de tampões de queratina, obstruindo a luz ductal. A presença destes tampões permite a dilatação secundária dos ductos pelo acúmulo de material secretório e debris celulares. Estes ductos poderiam romper-se com ou sem infecção bacteriana secundária.