Massacre do Carandiru
Encerrou-se no dia 03 de agosto, o julgamento do caso que ficou conhecido como o massacre do Carandiru.
Em abril de 2013, 26 réus foram levados a julgamento por 15 mortes no primeiro andar do Carandiru. Eles eram policiais da Rota em 1992. Vinte e três deles foram condenados a 156 anos cada um por 13 mortes. Três foram absolvidos.
Prestaram depoimentos duas testemunhas protegidas, Luiz Antonio Fleury Filho e Pedro Franco de Campos. Foram interrogados: o tenente-coronel Carlos Alberto dos Santos, o major Marcelo Gonzalez Marques, coronel Valter Mendonça, o tenente Edson Pereira Campos, tenente-coronel Salvador Modesto Madia.
Campos admitiu ter autorizado o coronel Ubiratan Guimarães a entrar no presídio para controlar o tumulto. "Se houver necessidade de a PM entrar no presídio para controlar a rebelião, o senhor tem autorização", disse o ex-secretário da Segurança Pública de São Paulo. Ele conta ter recebido informações desencontradas sobre a suposta rebelião no Carandiru. Ele tinha destacado que o governador Luiz Antônio Fleury Filho não estava em São Paulo no dia do ocorrido. O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, que presidia o júri, perguntou que motivos foram determinantes para a definição da entrada da polícia. "O gigantismo da rebelião e o perigo de ela se espalhar para o outro porque o Pavilhão 9 estaria totalmente tomado pelos presos", responde Campos. Campos afirmou: “As negociações estariam esgotadas, pelo que fui informado. Não tinha outra alternativa. Ele [coronel Ubiratan] usou a expressão 'caótica'. E depois fui constatar que era mesmo necessária a intervenção da Polícia Militar.”
Luiz Antonio Fleury Filho, na época governador de São Paulo afirmou: “A entrada no presídio foi legítima e necessária. Isso eu reafirmo. Eu não dei a ordem, mas se estivesse no meu gabinete, com as informações que eu recebi, eu teria dado.”
Ubiratan teria alegado três motivos para justificar a entrada da polícia, segundo o desembargador