Masculino e feminino em grafites de Pompeia

AMOR E SEXUALIDADE EM INSCRIÇÕES PARIETAIS1

SOBRE O AUTOR
Lourdes Conde Feitosa possui Licenciatura em História pela Universidade Estadual Paulista, Mestrado em História pela mesma instituição (1994) e Doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é professora dos cursos de Licenciatura em História e de Especialização em Antropologia, na Universidade do Sagrado Coração, em Bauru - SP. Tem experiência na área de História Cultural e Arqueologia, com ênfase em História Romana.2

SOBRE O TEXTO
O texto em questão é parte integrante do livro Amor e sexualidade: o masculino e o feminino em grafites de Pompéia, e confere ao capítulo V, intitulado “Amor e sexualidade em inscrições parietais”. O capítulo é dividido em três partes, sendo elas referentes à sexualidade masculina na historiografia, sexualidade feminina na historiografia e sexualidade popular em uma articulação de gênero, trazendo um debate sobre a interpretação acerca dos grafites de cunho sexual e amoroso da Roma Antiga.

RESUMO
Os registros deixados nas paredes de Pompeia trazem diversas declarações e referências sobre amor e também sobre sexo. Esses grafites tiveram grande visibilidade em trabalhos historiográficos, com interpretações das mais diversas sobre si. O texto de Feitosa, portanto, traz um debate acerca dessa historiografia.
Na primeira parte do capítulo V, - que remete à sexualidade masculina na historiografia - Feitosa afirma que a questão da masculinidade romana é tema de constantes discussões e que categorias analíticas que usam conceitos como “homossexual” e “heterossexual” são impróprias, e têm sido substituídas pelas funções de “ativo” e “passivo”, além de discorrer sobre o fato da corrente associação entre atribuições sexuais e comportamentos sociais.
A superioridade sexual e o poder político eram constantemente associados na historiografia. Segundo Lourdes Feitosa, um exemplo seria quando Eva Cantarella afirma que “indivíduos e sua