Mary R.
1. – QUEM FOI MARY RICHMOND?
Maria Helena Richmond nasceu nos Estados Unidos, em Belleville (Illinois), em 05 de Agosto de 1861. Aprendeu a ler muito cedo, embora só fosse para a escola com 11 anos. Viveu em sua infância o horror da Guerra Civil. Perdeu os pais, um após o outro, para a Tuberculose. Foi criada pela avó e pela tia, ambas entusiastas das ideias liberais avançadas: o voto das mulheres, os problemas raciais, espiritualismo, luta contra a vivisseção e outros temas, eram os assuntos discutidos no seu dia-a-dia.
Essa experiência familiar permitiu-lhe desenvolver um espírito crítico e de observação, auto instruindo-se e auto educando-se ao mesmo tempo. Uma amiga da tia teve grande importância, pois, ao emprestar-lhe os livros, só os recebia, quando haviam sido resumidos.
Em 1878, ano em que se graduou, foi para Nova Iorque, passou aqui os dias mais duros e difíceis de sua vida, mal alimentada e pobremente vestida, sem dinheiro, sendo a leitura a sua única distração. Empregou-se em ocupações diversas. A tia, porém, inutilizou-se fisicamente. Passados alguns meses, regressou a Baltimore onde viveu longos anos sustentada sempre por ela. Sua tia morreu em 1888.
Logo após a morte de sua tia, Richmond começou a trabalhar para a Sociedade de Organização da Caridade de Baltimore. Educada, como vimos, não tivera formação religiosa, não aceitando dogmas que a sua inteligência não podia compreender nem nada em que a sua sensibilidade não visse um fundo de beleza ou utilidade.
Na América do Norte, as discussões sobre a formação profissional dos trabalhadores da assistência ocorreram na Conferência de Caridade e Correção (em Toronto1897). Nela, Mary Richmond, propôs a criação de uma escola uma escola profissional para o ensino de Filantropia Aplicada tendo a satisfação de ver sua ideia realizada no ano seguinte em Nova York. Visualizando o inquérito como um instrumento de fundamental importância para a realização do