Mary del priore e renato pinto venâncio - resenha
Juliana Surubim de Campos
Os autores nos apresentam à Costa Do Marfim e Benim que outrora era conhecida por Costa do Ouro e no período mais marcante de sua historia passada entre 1500 e 1800 teve três características marcantes: A primeira delas foi uma intensa troca comercial e cultural com povos vizinhos do Sudão Ocidental, do Saara e do Magrebe. Que favoreceu a segunda, uma inflexível e lenta centralização dos Estados. A terceira, com o fim das migrações se deu a formação de diversos grupos étno-linguístico. Gás, Evés e Acãs povos de grande importância, presenciaram muitas mudanças econômicas no cenário africano, que contribuíram para acelerar o crescimento das populações. E crescia também o comércio do ouro, cujo domínio estava nas mãos dos acãs.Os autores aqui distinguem o comércio em duas maneiras: o interno e o externo. E os circuitos comerciais da Costa do Ouro estendendo-se em duas direções: a mais antiga era transaariana e a nova voltada ao Atlântico, tinha seu meio de comunicação com a Europa e as Américas. A mercadoria que mais atravessava a nova rota era o comércio de Escravos. O comércio de escravos, que fora introduzida pelos portugueses, agora rumava direto as Antilhas, acaba criando um comércio especializado na costa de Guiné: A Costa do Marfim, a Costa do Ouro e a Costa dos Escravos. Inicialmente o ouro era o mais exportado. Porém em 1650 a exportação de escravos supera a de ouro. Por quê? Os autores explicam que há três respostas básicas, para a questão: a primeira é que aumentou brutalmente a demanda de mão de obra cativa a partir da introdução do plantio de cana nas Antilhas. A segunda, o aumento de número de cativos de guerras, decorrente das tensões entre diferentes grupos em luta e da descoberta do ouro no Brasil. A terceira é que, depois do florescimento dos impérios Denquira, Axante e Acuamu, os estados