MARX E A HIST RIA
História. In HOBSBAWM, Eric (org.) História do marxismo: o marxismo no tempo de Marx. Vol. 6. 3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983, pp. 91-126.
MARX E A HISTÓRIA
1 - A anterioridade da sociedade civil
Antes de poder “fazer a história”, o homem deve se
confrontar com certas condições. (p. 93)
O direito define e hierarquiza os desvios entre a ação do indivíduo e os princípios da sociedade. (p.
95)
A classe que chega ao poder se apodera de todos os instrumentos do Estado. (p. 96)
Jamais alguém se torna marxista lendo Marx; ... Mas olhando em volta de si, seguindo o andamento dos debates, obervando a realidade e julgando-a: criticamente. É assim também que alguém se torna historiador. E foi assim que Marx se tornou. (p. 97)
2 – “Conhecemos uma única ciência, a ciência da história”
Marx parte da crítica da economia política e da
filosofia de Hegel. Engels parte da crítica à realidade inglesa. (p. 99)
Os homens “fazem a história”. Está entre aspas pois é uma crítica ao idealismo. (p .
101)
A ciência história de amanhã será formada pela combinação meditada de uma informação objetiva, maciça e involuntária, com a lição de documentos subjetivos submetidos e uma crítica de fundo. (pp. 101-102)
3 – O primado da produção e a relação entre os homens Trata-se, portanto, do seguinte: indivíduos
determinados, que desenvolvem uma atividade produtiva segundo um determinado modo, entram nessas determinadas relações sociais e políticas.
Em cada caso singular, a observação empírica deve mostrar empiricamente, e sem nenhuma mistificação e especulação, a ligação entre a organização social e política e a produção. (p. 103)
Há estreitas relações entre as forças
produtivas de que uma sociedade dispõe e, por outro lado, a divisão do trabalho, que determina as formas de relações sociais (um conjunto definido ainda como sociedade civil); e depois, entre o funcionamento dessa “sociedade civil” e o movimento da