Marx e Religiao
CAVALCANTI, H.B. Marx, Religião e Politica: O Protestantismo Conservador Norte-Americano como o Ópio do Povo.
Durante o século passado a participação eleitoral norte americana diminuiu drasticamente deixando sociólogos, políticos e cientistas perplexos. Observou-se uma crescente alienação politica resultando nessa baixa apesar dos movimentos sociais e políticos terem transformado o sistema eleitoral americano e ampliado a franquia de voto a uma parcela maior da população.
A literatura sobre essa alienação nos Estados Unidos explica-a de duas formas: a) ou fatores de ordem demográfica. B) ou culpando o governo de ter criado mais burocracia para o eleitor em potencial. Resumindo, a culpa é colocada sobre o individuo ou o Estado.
O argumento do autor é que ao culpar um ou outro é esquecer-se de outras instituições sociais que exercem importante função mediadora no processo politico influenciando tanto Estado como individuo e propõe que uma alternativa mais plausível e bem sucedida é examinar a influencia de instituições mediadoras que os organiza em blocos ou grupos de interesse (como família, religião, associações cívicas e privadas, que sempre influenciaram o exercício da democracia americana). Sua pesquisa busca, portanto conexões entre filiação religiosa e alienação politica norte americana.
No hemisfério Sul, pesquisas comprovam o que Marx propôs, Igrejas que se dedicam a classe baixa tem um papel central na estabilidade politica do país. Em lugares onde elas promovem passividade e resignação, os regimes políticos tem mais controle social e permanece mais tempo no poder. Onde promovem ideologias reformistas, os regimes políticos são mais instáveis.
É proposto então pelo autor que a natureza e o conteúdo de uma religião majoritária como o cristianismo influenciam a maneira como os fieis aprendem a realidade e consequentemente seu comportamento politico.
O panorama religioso norte americano foi alterado, religiões de classe