Marx e Durkhein
Tema: Ideologia e Estratificação Social
É praticamente impossível uma forma de civilização em que não exista qualquer forma de estratificação social; qualquer forma de desigualdade social. Na teoria, nas idéias (de Marx principalmente) é até razoável imaginar uma sociedade sem divisões por classes, mas na vida real, na prática, isso é praticamente impossível. Isso posto, observamos que a estratificação social é um “problema” que sempre atingiu a humanidade, desde as civilizações mais primitivas, passando por civilizações mais complexas até chegarmos ao atual modelo capitalista (predominante) de sociedade. Mas é no momento atual, na Idade Contemporânea que essa desigualdade se mostra mais evidente, mais abrangente e por vezes mais comum. Como exemplo podemos citar a Índia, que é um país com mais de um bilhão de habitantes e que sofre com graves problemas de desigualdade social e má distribuição de renda. Na cidade de Mumbai (formalmente chamada de Bombaim), por exemplo, há uma gritante desigualdade, onde contrastam regiões desenvolvidas e favelas com mais de um milhão de habitantes. No entanto, a desigualdade social não se restringe apenas às diferenças financeiras (de riquezas) mas também podem se referir às diferenças de prestígio e poder. Dessa forma, todas as sociedades se caracterizam por apresentar algum grau de desigualdade – tanto no sentido financeiro quanto no sentido de prestígio, poder e status. No combate à desigualdade social, busca-se atingir a chamada “equidade social”, que é o direito que as pessoas têm de participar não “só da atividade política e econômica, mas também o direito de contar com os meios de subsistência e com o acesso a um conjunto de serviços públicos que permitam manter um nível adequado de vida” (Wolfe, 1991, p.21). Para Marx, por exemplo, o conceito de estratificação social está profundamente ligado à dimensão econômica. Segundo ele, é nas relações de produção que se estabelecem as desigualdades e