Marx Manifesto 1
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Título:
O Manifesto e Marx 150 anos depois
Sergio Lessa - Prof. Departamento de Filosofia da UFAL, membro dos comitês editoriais das revistas Praxis e Crítica Marxista
End.:
Chácaras da Lagoa Q. E, Lt. 17
57070-000 Maceió-AL
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Esta é a versão integral do texto cujo resumo foi apresentado no Congresso em Goiânia em 22 de Julho de 98.
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O Manifesto e Marx 150 anos depois
I.
Em 1963, trinta e cinco anos atrás, portanto, uma obra seminal para a concepção
completava
de seus mundo
A
burguesa,
150
anos.
Obra
Ciência
da
magistral
Lógica
da
de
filosofia
inquestionável patrimônio da humanidade, A Ciência da Lógica cabo a
demonstração
hegeliana,
iniciada
com
Hegel, e levou a
Fenomenologia
a
um do Espírito, da perenidade da ordem burguesa. Ao conceber o real como um movimento que
articularia
toda
a
trajetória
da
humanidade
em
uma
história complexa e unitária, Hegel desvelou, de forma pioneira, o caráter processual e dialético do ser social. Esta, a sua grandeza.
Contudo,
ao
conceber
esse
mesmo
processo
histórico
enquanto
finalisticamente dirigido ao mundo burguês -- e ao conceber esse mesmo mundo como o «fim da história» -- Hegel revelou a marca de seu tempo: o caráter
burguês
e
conservador,
em
última
instância,
de
sua
filosofia.
Para o mundo em que vivemos, burguês na sua essência e nas suas manifestações fenomênicas mais cotidianas, a importância de Hegel não deve ser subestimada. Sem desconsiderar a tentativa habermasiana de A
Teoria
do
Agir
Comunicativo
--
que,
ao
fim
e
ao
cabo,
termina
regredindo ao idealismo subjetivo de corte kantiano -- a Fenomenologia do Espírito e a Ciência da Lógica compõem a melhor demonstração jamais produzida pela Weltanschauung burguesa da perenidade do capital.
Em que pese tal
importância de Hegel para o modo burguês de ser,
se nos