Martin Luther King Jr.
A música sempre foi um bálsamo, mas no início dos anos 60 o sucesso dos negros nos palcos não era correspondido nas ruas. Tinha passado cem anos desde a abolição da escravidão. Mas em muitos estados os negros eram impedidos de votar, não podiam dividir a mesma mesa e tinham que sentar separados nos ônibus.
O pastor Martin Luther King respondia com protestos pacíficos aos ataques violentos e à perseguição da polícia. Depois de várias manifestações, o movimento contra a discriminação racial chegou a Washington em 28 de agosto de 63. A marcha pelo emprego e pela liberdade reuniu 250 mil pessoas.
Luther King pediu paz e em seguida, o pastor falou do grande ideal. "Eu tenho um sonho que meus filhos vão um dia viver em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, e sim pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje”.
"I have a dream", o trecho mais famoso do discurso, foi improvisado de última hora. Clarence Jones, que escreveu o texto original, conta que a cantora gospel Mahalia Jackson, que tinha cantado na marcha, interrompeu Luther King e disse: "conte a eles do sonho; conte a eles do sonho!".
Bob Ross tinha 18 anos na época e viu tudo de perto. Ele nunca tinha ouvido palavras como aquelas. Ele conta que tinha muitos bloqueios e polícia na rua porque o presidente John Kennedy estava com medo de que o ato fosse violento. "Mas nossa missão ali era só acabar com a segregação", lembra.
O discurso de Martin Luther King, aos pés da estátua de Lincoln, entrou para a história como um dos mais importantes do século 20. As palavras, que hoje estão gravadas no piso do memorial, viraram um marco da luta contra o racismo e pela igualdade. Mas como disse o próprio Luther King, era só o começo de uma luta que continua sendo travada depois de 50 anos.
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