Marshall
1842 – 1924
Alfred Marshall nasceu em 26 de julho de 1842 em Clapham — um bairro então aprazível de Londres — filho de William Marshall e Rebeca Oliver, de classe média.
Resistindo à intenção de seu pai de que seu tornasse sacerdote, Marshall recusou uma bolsa em Oxford, indo estudar ciências e matemática em Cambridge, com o auxílio financeiro de seu tio. Tornou-se professor na mesma instituição, quando se interessou por Economia devido à preocupação com os pobres.
Marshall pertence, legitimamente, à linhagem dos grandes mestres fundadores da Economia Política Clássica inglesa — Adam Smith, Ricardo, J. S. Mill —, corrente de pensamento das mais fecundas que, brotando da Revolução Industrial. A contribuição de Marshall ao progresso da ciência econômica é, sem dúvida, de importância histórica. Herdeiro da rica herança intelectual dos economistas e pensadores dos séculos XVIII e XIX.
Para Marshall, a Economia com suas análises e leis não era um corpo de dogmas imutáveis e universais, e de verdade concretas, mas “uma máquina para a descoberta da verdade concreta”.
Marshall foi o fundador da análise de equilíbrio parcial. O objetivo principal da teoria é mostrar como se comportam os preços e quantidades de equilíbrio produzidas nos mercados. Desenvolveu o conhecido diagrama de oferta e demanda cujo cruzamento resulta no ponto de equilíbrio de mercado.
Marshall declara que desenvolveu o princípio de utilidade marginal decrescente antes e de forma independente de Jevons, Walras ou Menger, embora não tenha publicado a respeito antes deles. Marshall adotava as hipóteses simplificadoras de que a utilidade do consumo de um bem independe da quantidade consumida dos demais bens, além de assumir constante a utilidade marginal de uma unidade monetária1. Com essas hipóteses, podemos relacionar a utilidade marginal decrescente com a curva de demanda: o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por um bem reflete sua utilidade marginal,