Marquises
Em 1902 surge o cimento Portland e a teoria de dimensionamento do concreto armado de Morsch, isso permitiu a verticalização dos edifícios que antes tinham no máximo cinco pavimentos. Surgiu assim a preocupação com o risco que a queda de objetos de grande altura traria para os transeuntes, por isso em 1937 foi criado o decreto que obrigava a construções de marquises nos edifícios comerciais e três décadas depois esse decreto foi aprimorado, mas em 1988 foi extinto. Marquises são lajes em balanço que foram idealizadas como proteção para aqueles que transitam nas calçadas. Além disso, são elementos que pelas características, podem ajudar no projeto de uma arquitetura harmônica. Desde a década de 90 muitas marquises vêm desabando e fazendo vítimas, levantando a questão da utilidade dessas marquises. A construção desse elemento não é obrigatória e caso o edifício não o tenha a responsabilidade sobrevém ao dono e aos habitantes do edifício caso caia algum objeto.
As principais causas que levam a queda de uma marquise são: manutenção inexistente ou inadequada; sobrecargas não previstas no projeto original; erro de concepção ou projeto. Toda estrutura demanda manutenção periódica. Estruturas isostáticas expostas ao tempo em meio urbano de clima tropical ou em região de orla, demandam manutenção mais rigorosa. O meio urbano e toda região de orla são atmosferas agressivas para o concreto armado. Ambos são propícios à deterioração do concreto e, principalmente, à corrosão do aço. Quando uma marquise encontra-se em estágio de deterioração irreversível recomenda-se a interdição da área de projeção da marquise, seu escoramento imediato e posterior demolição. A sobrecarga também é um aspecto preocupante a respeito da marquise, visto que são projetadas para suportar determinada carga. Aumentar essa carga, seja pela colocação de equipamentos de refrigeração, seja pela instalação de painéis publicitários ou pelo lançamento de camadas sucessivas de impermeabilização,