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Luís Gustavo Pereira*
Resumo: o presente artigo tem por objetivo apresentar reflexões sobre alguns pressupostos relacionados ao gênero, oriundos da sociedade, que adentram o ambiente escolar e interferem diretamente na prática docente e, principalmente, estabelecer uma análise crítica aos Temas Transversais, parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Bloco – Orientação Sexual. A pesquisa foi feita em caráter bibliográfico e traz uma breve menção às origens biológicas da determinação do sexo, às representações sociais de gênero e sua importância na construção da identidade de cada sujeito bem como os diferentes conceitos contemporâneos de gênero, sexo, orientação sexual e sexualidade. Tais conceitos são pertinentes à formação do professor, pois o instrumentaliza a ponto de refletir sua prática e sua verdadeira função enquanto membro de uma instituição social que tem como essência a transformação social. Esse tipo de reflexão é de grande importância visto que o processo ensino-aprendizagem pelo qual perpassa a prática escolar baseia-se na relação interpessoal, adequando-se às necessidades do contexto social e histórico pelo qual a própria escola ultrapassa e, essencialmente, constrói. Sobretudo, ao que tange a busca pela igualdade de gênero, entende-se como necessário o discernimento entre sexo, gênero e identidade de gênero para que a partir de tais concepções, a educação possa adquirir uma postura política e pedagógica adequada. A sociedade contemporânea caracteriza-se pela constante busca por sentido e pela crescente diversidade que atinge todos os aspectos, desde o religioso até o sexual. Sob este olhar multifacetado é que se buscou investigar criticamente as ideologias contidas nos PCN e analisar a relação entre discurso e poder, no qual o Estado prioriza pela manutenção da ordem e normatização de seus cidadãos e os professores terminam por