marketing

Rosana Jatobá
Vivemos em uma teia de complexidade e muitas vezes observamos ou até cometemos pequenas infrações ou atos que por acreditarmos serem de menor proporção não trás prejuízos a ninguém. Assim, dar uma breve paradinha na vaga de deficientes, fazer uma conversão proibida por causa do atraso, comprar um DVD pirata para assistir com as crianças em casa, ou qualquer outra coisa que acreditamos não ter muita importância, já que os exemplos políticos que assistimos cotidianamente fazem essas pequenas coisas parecerem normais. Dessa forma, o legal ou o ilegal passam a ter nuances, comprometendo o senso crítico da maioria dos mortais.
A evolução da competitividade industrial, entretanto, poderia ser acelerada se fossem resolvidas definitivamente questões relacionadas ao Custo Brasil e, ao mesmo tempo, à pirataria de determinados produtos que chegam ao nosso país. Os dados oficiais são alarmantes e a perda de arrecadação tem sido fenomenal. Além dos danos à imagem externa do país, há o prejuízo para um grupo de empresas exportadoras para os mercados mais fortes.
É consenso que a solução desse problema é complexa. Sem dúvida, ela envolve a participação efetiva do Estado, tanto na forma de políticas de repressão à distribuição de produtos/arquivos piratas e ao contrabando das mídias quanto na forma de campanhas educativas. Mas isso não é tudo. Tem de haver uma solução de mercado, que envolva a adequação da oferta à realidade brasileira e às novas tecnologias.
Na falta de um programa qualificado de combate aos crimes de contrabando e pirataria, integrando os diversos órgãos, assistimos a ações isoladas que mais parecem fragmentos de um filme de ação. No entanto, pouco altera esse panorama de quebra da indústria legal, de emprego e da arrecadação, num circulo vicioso em que a resultante é cada vez mais aumentar a fragilidade do emprego, dos serviços públicos e da legalidade. A isso podemos chamar também de vulnerabilidade. Uma das faces dessa problemática se