Marketing
Um anúncio surpreendente No dia 25 de agosto de 1999, os leitores do Wall Street Journal e de outros jornais importantes ficaram surpresos ao se depararem com um anúncio que trazia uma carta de John Richardson, o novo diretor-presidente da Iridium. A Iridium consitia num sistema de telecomunicações global, baseado num satélite e sem fio que a empresa tinha lançado há apenas nove meses. Na carta, Richardson dizia: Somos pioneiros, contudo, depáramo-nos com desafios únicos e cometemos alguns erros no lançamento de nosso serviço. Reconhecemos os nossos erros e estamos a trabalhar diligentemente para os corrigir. A nossa principal meta é oferecer um serviço de classe mundial aos nossos clientes. Para alcançar os nossos objetivos, devemos colocar a nossa situação financeira em ordem. Entrou recentemente um pedido de reorganização, num esforço para concluir uma reestruturação financeira num processo ordenado e supervisionado (...) Quero deixar claro aos nossos clientes, investidores e parceiros de todo o mundo que a Iridium continuará a oferecer os seus serviços de telecomunicações global de forma pioneira e de alta qualidade, sem interrupção. Ainda estamos no ativo de forma normal. Os designers de telecomunicações por muito tempo sonharam com uma rede de satélites em órbita ao redor da Terra que permitisse que uma pessoa fizesse ligações telefônicas a partir de qualquer lugar do mundo. A Iridium e seus financiadores — como a Motorola e a Kyocera, uma fabricante de componentes japonesa — demoraram mais de 12 anos e investiram mais de cinco bilhões de dólares para fazer deste sonho uma realidade. Como é que uma empresa comtanto sucesso pôde falir tão drasticamente e de maneira tão rápida? Os engenheiros da Iridium desenvolveram um sistema que contava com 66 satélites para unir uma rede de telecomunicações celular em terra que combinava 200 serviços oferecidos