Marketing
No início do século XX, o surgimento de um movimento científico-administrativo levou as organizações a se adaptarem a novas abordagens de controle e gerenciamento das atividades empresariais. A idéia essencial trazida pelo movimento focava-se na eficiência, obrigando, assim, os administradores e engenheiros a levantarem informações relacionadas aos custos de produção que possibilitassem maior clareza no processo e aumento da produtividade (GUERREIRO, 2006).
Nesse sentido, a manutenção dos custos e investimentos passou a assumir maior importância, sendo que as decisões relacionadas à fixação dos preços não eram mais dependentes dos empresários, com exceção daqueles que produziam produtos e /ou serviços que não precisavam passar pelo controle de órgãos fiscais, e daqueles detentores da hegemonia do mercado (ANJOS, 1998). O aumento da competitividade, juntamente à elevação do nível inflacionário, levou os administradores a um desafio constante para a permanência no mercado. Segundo Kaplan e Cooper (1998), essa mudança no mundo dos negócios iniciada na década de 70, aliada ao desenvolvimento de novas tecnologias, demandava informações mais efetivas das organizações acerca do desempenho de seus processos, produtos, serviços, clientes, custos e atividades. Dessa forma, o novo contexto organizacional provocou a implantação de grandes inovações referentes ao uso das informações, tanto financeiras quanto não financeiras. Outra conseqüência trazida pela transformação do mercado foi a transição de um processo de produção rígida (produção em massa) para um processo de produção mais flexível, passando-se a fabricar vários produtos diferenciados na mesma base produtiva. Tal alteração teve impacto direto na distribuição de custos das instituições. Gerou um aumento considerável no volume de custos indiretos, provocando, assim, distorções nas alocações de recursos por produto e dificultando a tomada de decisões