Marketing e os serviços jurídicos
No que toca ao marketing, como em muitas outras inovações, a advocacia parece querer continuar a agarrar-se a um status quo retrógrado e autista, quanto a uma realidade inteligível para os demais. Ainda que não se seja detentor de um conhecimento amplo da actividade que é a prestação de serviços jurídicos, facilmente se alcançará que o cliente, ao ser uma das principais preocupações das sociedades de advogados, faz com o marketing, despido da miopia que seria pensá-lo como estratégia orientada para o produto, seja, necessariamente, algo incontornável nos dias de hoje. Como sabemos, e de forma a descansar as mentes mais preconceituosas, o marketing não é igual a publicidade, nem aquele se esgota nesta. O marketing é a gestão das relações de troca da empresa com os seus clientes e quem não conseguir entender que isso é necessário e importante, certamente terá falta de visão estratégica. Quem assim entende, realmente não compreende o marketing e vê-o da forma mais comum, errónea e redutora como um método de venda agressivo, de exploração comercial do consumidor ou de publicidade sem escrúpulos. O marketing é dominado pela sua vertente inovadora e estratégica, sobretudo no que ao marketing de serviços diz respeito, onde o elemento preponderante é a interacção com o cliente. O marketing apresenta-se como um sistema de gestão que visa por uma lado compreender o mercado e as suas necessidades, procurando assim criar valor nas trocas que são feitas entre “provider” e clientes e por outro lado, permitir, através das suas estratégias, divulgar os serviços daquele de acordo com essas mesmas necessidades. No que toca ao mercado da prestação de serviços jurídicos existem novas áreas de prática que se têm apresentado àqueles que nessa área desenvolvem a sua actividade profissional. Tais áreas de actuação como são o caso dos direitos relacionados com as novas tecnologias da informação, devem ser olhadas