Marketing myopia
Colocar o foco no produto, em vez de colocá-lo no cliente pode fazer com que uma empresa perca participação de mercado e deixe de enxergar oportunidades.
Theodore Levitt abordou este assunto no artigo Marketing Myopia, publicado na revista Harvard Business Review em 1960.
O tema, apesar de ter sido publicado há mais de 50 anos, é bem contemporâneo; conseguimos associar os exemplos dados por Levitt a casos de empresas em nosso dia a dia onde o foco está na venda e não no atendimento às necessidades dos clientes.
Como Levitt coloca, o conceito de Vendas é diferente do de Marketing. Enquanto a área de Vendas coloca o foco nas necessidades do vendedor e preocupa-se em transformar o produto em dinheiro no caixa, a de Marketing tem o foco no consumidor e preocupa-se com o atendimento de suas necessidades.
Se pararmos para pensar e analisarmos o exemplo das ferrovias, citado no artigo, que deixaram de se desenvolver por um erro no foco do negócio dado por seus administradores, com certeza encontraremos algum caso parecido em empresas de várias indústrias e portes atualmente. A recíproca é verdadeira; com certeza, temos exemplos de empresas que se preocupam em atender às necessidades de seus clientes, vão a campo, realizam pesquisas e fazem estudos para entender, cada vez mais, quem são seus consumidores, suas necessidades e expectativas.
Um grande aprendizado que podemos tirar deste artigo, quando o autor, ao mostrar exemplos de diversos setores ameaçados de obsolescência, como mercearias, lavanderias, produtos eletrônicos e energia elétrica, defende que não há “setores de rápida expansão”, mas sim, empresas organizadas e dirigidas corretamente e com o foco no atendimento às necessidades de seus consumidores, é que, não basta ser uma empresa que tem um bom faturamento, mas sim, ser uma empresa que estude a fundo o mercado em que atua.
A empresa precisa conhecer o tamanho do mercado, seu potencial, suas demandas, penetração dos clientes no mesmo