Marketing esportivo
Há algumas coisas que são absolutamente necessárias para que qualquer empreendimento do ramo marcial – quiçá do ramo esportivo em geral – dê realmente certo. A primeira é uma boa parceria com um canal de televisão. Só este veículo garante exposição midiática em grande escala por todos os segmentos sociais, o que constitui o principal ativo na hora de negociar patrocínios e vender espaços publicitários.
Em segundo lugar, é preciso que o fator esportivo esteja “bem resolvido”, qual seja, que os atletas sejam bem treinados, bem patrocinados e recebam bolsas suficientemente grandes; que as regras sejam simples, claras, eficientes e bastante difundidas; e que os resultados sejam legítimos ou, ao menos, bem reconhecidos pelo público especializado, ainda que alguma polêmica contribua para “apimentar” a conversa dos torcedores e a repercussão dos eventos. O fato de os lutadores gerenciarem profissionalmente a imagem que projetam no ringue é de suma importância para que o show ganhe consistência, desde que não se caia nos ridículos caricaturais da luta livre, mais próxima do circo que do esporte.
Por fim, é preciso que o espetáculo seja capaz de oferecer à platéia uma dose suficientemente grande de disputa, de conflito, de “drama”. É este drama que irá prendê-lo na pontinha do assento, com a testa colada no televisor, pronto para tornar-se um fã. No caso do UFC, a imprevisibilidade dos combates (mesmo os grandes nomes do esporte podem cair a qualquer momento) e o alto grau de violência dos eventos são fatores determinantes para seu sucesso em escala mundial.
O que há de especial no UFC
Quase vinte anos depois de o antigo vale-tudo brasileiro ter se tornado o globalizado MMA, o esporte encontra alto nível de interesse em alguns países-chave da economia mundial: EUA, Brasil, Japão, Canadá, Inglaterra, Austrália, Holanda e Alemanha. Isto se deve, sobretudo, ao modo como o UFC – a principal franquia envolvida na organização de eventos – tem