marketing esportes
De acordo com Barros (2004), a indústria fonográfica vem passando pela pior crise desde que surgiu, e a principal causa para tal acontecimento são os caminhos alternativos que foram desenvolvidos para a obtenção de música, que fogem ao caminho tradicional, ou seja, a oferta de produtos por parte das gravadoras e a compra do disco pelo público consumidor. O desenvolvimento do formato de arquivos musicais MP3 permitiu a compressão de arquivos de áudio ou vídeo com o objetivo de que estes possam ser armazenados facilmente em qualquer microcomputador. O MP3 e o Napster deram origem, segundo Leal (2005), a uma nova forma de relação entre produtores e consumidores de música. Alguns programas e sites de pequenas gravadoras passaram a permitir que o usuário, de forma legal, fizesse a transferência de arquivos musicais em troca de determinada quantia monetária que correspondesse ao pagamento de direitos autorais. As grandes gravadoras movimentaram cerca de R$ 706 milhões e venderam 66 milhões de unidades, o que é atribuído pela associação ao aumento das vendas de DVDs. Ainda, conforme a ABPD (2006), 76% das unidades vendidas nesse período foram de artistas nacionais, cujos arquivos musicais ainda não são encontrados com tanta facilidade na rede mundial ou cujos admiradores não têm acesso pleno à internet.
Referencial teórico – resistência e consumo Como afirmam Friedman (1985), Hirchman (1973) e Ritson & Dobscha (1999), a rejeição do consumidor contra o mercado ou contra as atividades específicas de marketing não é um fato novo. Ao conduzir práticas em desacordo com as regras de mercado, estariam os consumidores declaradamente atuando contra o mercado? Isto é, será que o discurso do consumidor parte da ideia de resistência como forma de liberdade ou de atingir a equidade? Tanto as razões observadas por Close & Zinkhan (2007) em comportamentos de resistência, quanto as