mario quitana
A crise alimentar ameaça o bem-estar de países e continentes inteiros. Segundo as avaliações da Organização para a Agricultura e Alimentação da ONU (FAO), hoje o número de pessoas com fome chegou a um nível alarmante de um bilhão. As anomalias climáticas em várias regiões do mundo poderão tornar a situação incontrolável. Será que a humanidade está pronta para responder a este desafio?
O problema é mais agudo na Índia, China, Paquistão e Oriente Médio, ou seja em zonas com alto crescimento populacional. Os distúrbios devidos a problemas alimentares já levaram à mudança de regime em alguns países do norte da África. Mas o fornecimento de pão já se torna um problema até em um país tão próspero como os Estados Unidos.
Eis a opinião do especialista da agência independente Investkafe, Anton Safonov.
No ano em curso, os preços aumentaram significativamente e atingiram o seu pico desde 1998, quando o mundo inteiro assistiu a uma crise alimentar de larga escala. É preciso investir mais energicamente no setor agrícola. No entanto, é difícil de realizar, por exemplo, em África. Lá não se pode fazer nada, além de proporcionar ajuda não reembolsável por parte das outras nações.
No entanto, é pouco provável que a ajuda aos países pobres que enfrentam os maiores problemas com os alimentos vá mudar radicalmente a situação. Na verdade, a questão da desnutrição é freqüentemente associada não apenas à quantidade de alimentos do mundo, mas também à possibilidade de comprá-los. No entanto, isso não elimina a necessidade de um investimento ativo e de longo prazo na agricultura.
Este tema foi discutido pelos líderes do G-20 na cúpula de novembro em Cannes. Em particular, destacou-se a necessidade de acabar com o fosso entre o crescimento populacional e o aumento da produção de alimentos.
Cabe notar que o potencial da Rússia como produtor de alimentos é, sem exagero, enorme. De acordo com estimativas, o país é capaz de fornecer produtos agrícolas para