Mario de Andrade
Poesia
Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917), Paulicéia Desvairada (1922), Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927), Remate de Males (1930), Poesias (1941), Lira Paulistana (1946), O Carro da Miséria (1946), Poesias Completas (1955).
Romance
Amar, Verbo Intransitivo (1927), Macunaíma (1928).
Contos
Primeiro Andar (1926), Belasarte (1934), Contos Novos (1947).
Crônicas
Os filhos da Candinha (1943).
Ensaios
A Escrava que não é Isaura (1925), O Aleijadinho de Álvares de Azevedo (1935), O Movimento Modernista (1942), O Baile das Quatro Artes (1943), O Empalhador de Passarinhos (1944), O Banquete (1978).
AMAR, VERBO INTRANSITIVO
* Foi publicado em 1927. Vários aspectos: primeiro é a sua linguagem, provavelmente considerada “errada” na época, pois se afasta do português ao imitar o padrão coloquial brasileiro. É como se o texto escrito imitasse a maneira de falar do nosso povo. É um livro para se fazer de conta que se está ouvindo e, não, lendo.
* Há numerosas características em Amar, Verbo Intransitivo que o enquadram como modernista. Um romance modernista da primeira frase (1922 – 1930).
O romance apresenta no próprio título uma contradição gritante, afinal, o verbo "amar" é transitivo direto e não intransitivo
* Colocam à frente de seu tempo, caracterizando-a, portanto, como moderna.
Foco narrativo
A narrativa é feita na terceira pessoa, por um narrador que não faz parte do romance.
É o narrador tradicional. Mas há ainda um outro ponto-de-vista: o autor se coloca dentro do livro para fazer suas numerosas observações marginais. Para comentar, criticar, expor idéias, concordar ou discordar... É uma velha mania do romance tradicional. E os comentários são feitos na primeira pessoa. Observe:
“Volto a afirmar que o meu livro tem 50 leitores. Comigo 51.”
Linguagem e Estrutura
A narrativa corre sem divisões de