Marinha mercante
O processo de globalização e integração das economias é irreversível. Com a globalização da economia mundial, são eliminadas as barreiras protecionistas para a maior intensificação do intercâmbio comercial entre países, o que possibilita um aumento nítido dessa interdependência.
Um dos setores da economia que mais tem contribuído para o aumento desse intercâmbio é o setor de Serviços, com destaque para os serviços de navegação marítima.
A navegação mercante é o conjunto das organizações, pessoas, embarcações e outros recursos dedicados às atividades marítimas, fluviais e lacustres de âmbito civil. A marinha mercante constitui o ramo civil da marinha. Em alguns países, no entanto, a marinha mercante está organizada de modo a transformar-se numa força auxiliar da marinha de guerra, em caso de situação de guerra ou de excepção.
A marinha mercante, normalmente é subdividida em três ramos:
Marinha de comércio - dedicada, essencialmente, às atividades económicas de transporte de passageiros e de carga, através do mar, de rios, de lagos e de canais;
Marinha de pesca - dedicada à atividade da pesca;
Marinha de recreio - dedicada ao desporto náutico e às outras atividades recreativas.
O Brasil mostra a sua grande dependência do mar, realizando trocas comerciais com quase todos os países. Cerca de 90% (em valor) do comércio exterior brasileiro é realizado por via marítima, o que permite então afirmar que o Brasil é uma Nação marítima. Porém, ainda está longe de ser uma potência marítima. O comércio marítimo brasileiro depende fortemente do uso de navios estrangeiros. Em 1997, o emprego desses navios correspondeu a cerca de 95% do total de fretes gerados pelo País.
Em suma, o que se verifica hoje, após a abertura unilateral do mercado brasileiro de transporte marítimo internacional, é a existência de uma diminuta frota de navios próprios, em relação ao tamanho do comércio exterior brasileiro. Isso aponta para uma fragilidade muito grande do País,