Marian
Marian Martendal Nicolau
CSO 1A
“O líquido é mais do que frágil. A relação líquida não é uma escolha entre ambas as partes que, coincidentemente, é uma escolha pela dificuldade em firmar laços profundos. É uma relação que emerge em um conjunto de instituições, regras, lutas e sistemas simbólico, político e econômico definidos em uma estrutura social particular”.
Zygmunt Bauman, sociólogo polonês nascido em 1925 tornou-se um dos mais importantes da modernidade. Com dezenas de livros publicados, o título Modernidade Líquida tornou-se uma das referências quando trata-se de relações modernas ou comenta-se sobre o autor.
Para Bauman, modernidade líquida é o momento em que vivemos, é o conjunto de relações e instituições que compõem a sociedade atual e regem a maneira como ela segue, os comportamentos e atitudes. A consistência comportamental deu espaço a outros aspectos como a volatilidade, a fluidez e o imediatismo.
As relações interpessoais atuais consistem em uma série de conexões, que as fragilizam porém criam uma espécie de proteção para o indivíduo. Uma relação com diversas conexões é fragilizada, mas permite que ocorra rompimentos sem grandes perdas emocionais e físicas. Um exemplo dessa fragilidade é o sexo, que hoje pode ocorrer apenas para suprir necessidades de instinto em vez de consumar uma relação.
O sociólogo deixa claro em seu livro que a modernidade como sociedade líquida não irá sofrer uma ruptura brusca, mas sim se remodelar e adaptar a todos os tipos de avanço. Por isso há a ênfase de que Modernidade Líquida não trata de um período pós-moderno, e sim de um novo período moderno.
Uma das principais conclusões do livro é que a sociedade atual é fragmentada, totalmente voltada para o individualismo e para o consumo. A migração de sociedade de produção para sociedade do consumo é fundamental para a base da modernidade.