Maria Monforte
Maria Monforte em “Os Maias” é uma senhora açoriana, descrita fisicamente como uma senhora bela, sensual e com os cabelos loiros tendo uma testa curta e clássica. Por sua, psicologicamente, Maria é descrita como uma mulher romântica e, daqui deriva o seu caráter pobre, excêntrico e excessivo (que mais à frente irei explicar).
Durante a parte inicial da narrativa da obra Maria Monforte era tratada como a “negreira” pelo facto de o seu pai, açoriano, noutros tempos, ter levado cargas de negros para o Brasil, Havana e Nova Orleães. Desta forma Maria é desde início considerada uma mulher leviana e moralmente fraca.
Como podem ver, nesta 1ª imagem temos um retrato de Maria que mostra todas as caraterísticas que referi anteriormente, não só a parte física mas também a parte psicológica que é representada pelo seu modo de vestir e pelo leque de homens que se encontra a seu lado, que representa os vários amores (e desavenças) que ela teve. Por outro lado, também representa a sua sensualidade.
Maria Monforte, após algum tempo de namoro com Pedro estes decidem-se casar e, durante o seu casamento têm dois filhos Carlos e Maria.
Contudo, passado alguns anos Maria Monforte conhece um italiano, Tancredo, e decide fugir com ele para a França com a sua filha, deixando Carlos com o pai.
Desta forma, Maria Monforte é a culpada de toda a desgraça da família Maia por diversas razões: a mais evidente é o facto de ao ter deixado Pedro deixou este de rasto e fez com que este se tornasse um falhado, matando-se de seguida. Por outro lado ao levar a filha consigo separou os dois irmãos e deixou Maria Eduarda na ignorância por nunca lhe ter contado a sua verdadeira origem.
Após a morte de Tancredo, torna-se proprietária de uma casa de jogo que entra em decadência e, leva uma vida de marginalidade e de miséria.
Ela deixa ao Sr. Guimarães uma caixa com vários documentos, entre os quais uma carta