Maria de Lurdes Pintasilgo
Maria de Lourdes nasceu a 18 de Janeiro de 1930, na freguesia de São João, no concelho de Abrantes. Era filha de Jaime de Matos Pintasilgo que era um empresário. Em 1937, a sua família abandonou Abrantes e instalou-se em
Lisboa. Realizou a instrução primária no Colégio Garrett. Em 1940, entrou no
Liceu D. Filipa de Lencastre. Terminou em 1947 o curso secundário como melhor aluna do liceu, durante dois anos consecutivos por isso recebeu o
Prémio Nacional. Em 1953, com 23 anos, licenciou-se em Engenharia QuímicoIndustrial, pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Faleceu a 10 de Julho de
2004
Em 1957, após uma passagem pelos EUA, fundou em Portugal o movimento internacional Graal. Em Novembro de 1969 aceitou ser designada procuradora à Câmara Corporativa na Secção XII. Entre 1970 e 1973, trabalhou como consultora junto do Secretário de Estado do Trabalho e Previdência, do
Ministério das Corporações e Previdência Social. Depois da revolução de 25 de
Abril de 1974, foi nomeada secretária de Estado da Segurança Social no 1º
Governo Provisório. Ocupou como ministra a pasta dos Assuntos Sociais nos
2º e 3º Governos Provisórios entre 1974 e 1975. Entre 1990 e 1992 foi conselheira especial do Reitor da Universidade das Nações Unidas. De 1992 e
1994 foi presidente do Grupo de Peritos do Conselho da Europa sobre
Igualdade e Democracia. Ela torna-se Primeira-ministra de Portugal a 2 de
Agosto de 1979 e deixa o cargo a 3 de Janeiro de 1980. Foi a única mulher a desempenhar este cargo em Portugal. Torna-se desde 2001, presidente da
Fundação Cuidar O Futuro, por si concebida e instituída pela Associação Graal.
Maria de Lourdes Pintasilgo não se auto-denominava feminista, apesar de nunca ter negado essa pertença. Frequentemente referia-se às feministas, tendo bem presente a sua diversidade devida a contextos geográficos e culturais, como desenvolvendo atitudes por vezes exageradas mas compreensíveis e justificáveis face ao seu projecto