Margarina
A margarina Delícia, apesar de ter o segundo maior "market share" do setor, aparece abaixo de sua "irmã" Primor no Datafolha, com 13% de citações.
Em um mercado muito competitivo (98% dos lares brasileiros consomem margarina, segundo a AC/Nielsen), a disputa tende a se manter acirrada pelos próximos anos. Os variados nichos mercadológicos do setor alimentam a briga: versões light, com fibras e com sabores variados conquistam novos perfis de clientes e impulsionam a disputa nas gôndolas.
Qualy adianta que não pretende ficar acomodada no topo da pesquisa. "Desde 1991, quando foi lançada, a marca pretendia ser inovadora e trazer um diferencial. Tanto que até nossos filmes de TV escapavam àquela fórmula de 'família feliz que toma café da manhã unida'", lembra Fernanda Oruê. "Por isso vamos continuar buscando alternativas para nos reinventar."
Público este que está mais exigente e informado a respeito da saúde. Com as notícias sobre os efeitos nocivos da gordura trans, o mercado teve que se adaptar.
Também conhecida como ácido graxo transverso, a gordura trans é resultado de um processo químico chamado hidrogenação, que transforma o óleo vegetal líqüido em gordura sólida.
Por deixar os alimentos mais crocantes, apetitosos e duradouros, é muito utilizada por redes de fast-food e por indústrias que fabricam produtos como biscoitos, margarinas e pães. Ela é considerada, no entanto, a gordura mais prejudicial à saúde.
Desde 1º de agosto deste ano, as indústrias brasileiras são obrigadas por lei a especificar no rótulo dos alimentos a quantidade de trans que eles possuem. A Organização Mundial da Saúde recomenda que a ingestão dessa gordura não ultrapasse 1% do valor calórico da dieta -2 g por dia, no caso de uma dieta de 2.000 calorias, o equivalente a menos