Margaret Mead - sexo e temperamento em três culturas primitivas
Na introdução da obra Sexo e Temperamento em três culturas primitiva, a autora confessa-se impressionada com as pequenas características desenvolvidas, pelo homem, que constroem a diferenciação entre sociedades primitivas e civilizações. Todas elas são constituídas por indivíduos que, segundo Mead, são munidos de contrastes e periodicidades notáveis pelo seu ambiente natural. Também lhes são fornecidas outros pontos importantes pela sua própria natureza física, obtendo-se desta forma um homem que “não se tornou simplesmente um dos animais que se acasalavam, lutavam por seu alimento e morriam, mas um ser humano, com um nome, uma posição e um deus.” (MEAD, M, (2004 [1935]) Sexo e Temperamento, Perspectiva, pp.20).
De seguida é apresentado ao leitor uma temática muito falada por Mead nesta obra, o inadaptado. Primeiramente, diz que “Cada cultura simples e homogénea pode dar largas somente a alguns dos diversos dotes humanos, desaprovado ou punido outros demasiado antitéticos ou por demais antitéticos ou por demais desvinculados de seus acentos principais para que encontrem lugar entre suas paredes.” (MEAD, M, (2004 [1935]) Sexo e Temperamento, Perspectiva, pp.20), podendo o leitor, assim, concluir que numa cultura em que o temperamento de um individuo se classifica como inadequado ou desapropriado, independentemente deste temperamento ser no sentido comportamental ou cognitivo, poderá não ser aceite na cultura onde se encontra.
Um pouco mais à frente deparamo-nos com uma frase que descreve uma característica do antropólogo, que era essencial para Margaret Mead, a necessidade de não julgar nem desvalorizar as outras sociedades por elas não serem como a