Marechal Waldemar Levy Cardoso
Em sua escola, adorava cantar diariamente os hinos nacional e da bandeira no inicio e fim de seu expediente. “Meu pai me dizia: ‘Esse menino vai ser militar’.” Logo cedo, aos 13 anos de idade, ingressou no Colégio Militar de Barbacena e de lá só saiu para ingressar na Escola Militar do Realengo (atual Academia Militar das Agulhas Negras). Em 1921 assumiu o posto de Aspirante-a-Oficial da arma de artilharia, na qual teve como sua primeira unidade 4º Regimento de Artilharia Montado em Itu. Como Tenente, participou da Revolução de 30, e a revolta contra Artur Bernardes, na qual foi preso e condenado a dois anos de prisão. Após cumprir a pena o Supremo Tribunal Federal reviu seu caso e o condenou a mais três anos de detenção, logo depois foi promovido a capitão.
Em fevereiro de 1935, matriculou-se na Escola de Estado Maior do Exército, no Rio de Janeiro, no qual concluiu dois anos depois. Em setembro de 1944 partiu para uma nova missão, deixando três filhos e sua esposa; como Tenente-Coronel Comandante do 2º escalão de embarque do 1º Grupamento, viajou a bordo do navio transporte norte-americano General Meigs rumo ao teatro de operações da Itália com a Força Expedicionária Brasileira(FEB), onde participou da batalha de Monte Castelo ao lado de tropas norte-americanas. Foi co-autor da frase "Senta a Pua!", com o major-brigadeiro Fortunato Câmara de Oliveira.
Com 11 meses na Itália, os contatos com a mulher eram mantidos por cartas, que ele recebia toda semana. Foi herói de guerra. Certa vez, visitava uma das baterias de canhão e percebeu que os soldados não haviam feito os buracos da trincheira. Zangado, obrigou que eles cavassem e se enterrassem neles. Minutos depois, houve um bombardeio do inimigo alemão. “O tenente me procurou e disse que devia a vida de cem