Marcuschi
1- Gêneros textuais como práticas sócio-históricas
Marcuschi ao pensar os gêneros textuais como praticas sócio-historicas quer significar que estes são produtos de um trabalho coletivo com o objetivo de ordenar e estabilizar as atividades comunicativas da labuta diária, das relações entre os membros de uma determinada comunidade. Os gêneros textuais se caracterizam por serem maleáveis, dinâmicos e plásticos e não imóveis e estanques. Isso fica claro com o surgimento de novas tecnologias que ampliam o leque de novos gêneros e as formas de se comunicar. No entanto, observa o autor que o fato dos gêneros serem situados e se desenvolverem de maneira especifica com relação ao contexto histórico e cultural não garante sua sobrevivência absoluta, pois podem surgir e existir em um momento histórico e desaparecer em outro.
2- Novos gêneros e velhas bases
O autor endossa a partir de Bakhtin que os novos gêneros não são inovações absolutas, pois os gêneros se transmutam como também assimilam um gênero por outro gerando novos. Exemplo disso segundo Marcuschi é o telefonema (2002, p. 20-21), “que apresenta similaridade com a conversação que lhe pré-existe, mas que, pelo canal, realiza-se com características próprias”. Na sequencia o autor chama a atenção para a influência dos gêneros emergentes, advindos do meio virtual, na linguagem. Esses gêneros tornam as fronteiras entre a oralidade e a escrita ainda mais difíceis de serem definidas, ou seja, rompem com a velha dicotomia da linguagem entre oral e escrita.
3- Definição de tipo e gênero textual
Para fazer clara a diferença entre os conceitos de tipo e gênero textual o autor começa explicando, sustentado por Bakhtin, que a comunicação verbal é realizável por meio de algum gênero