Marco teorico de fastfood
Impérios foram constituídos, terras até então inexploradas foram desbravadas, grandes religiões e filosofias foram mudadas em função do alimento. A exemplo disso, já na Antiguidade, o comércio de temperos movimentava o mercado mundial, prática a qual permanece até os dias atuais; no ano de 1492, Cristóvão Colombo ao partir da Europa em busca de especiarias, chegou à América do Norte. Hoje, o nascimento e a queda de impérios empresariais – como os fabricantes de refrigerantes e salgadinhos e os restaurantes de fast food – são determinados pelo gosto e preferência dos produtos vendidos.
Os valores, gostos e práticas empresariais da indústria norte-americana de fast food estão sendo exportados para todo o mundo, ajudando a criar uma cultura internacional homogeneizada, que o sociólogo Benjamim Barber chamou de “McMundo”.
O cenário mundial passava pelo contexto da Guerra Fria, a qual utilizava como instrumento ideológico a propaganda: nesta, a temática abordada era o prazer proveniente da prática do sistema capitalista norte-americano; a vida era apresentada de maneira brilhante com o slogan “os cidadãos comuns possuíam carros e bens de consumo, tinham liberdade de opinião e de ir e vir.” No entanto, na então União dos Estados Socialistas Soviéticos, a felicidade era apresentada como sinônimo de emprego, saúde, moradia e educação garantidos pelo Estado.
O McDonald’s fez parte da construção do imaginário da América do Norte dos anos de 1950, conjugou antigos e novos valores que permeavam um modo de vida emergente da classe média americana e incorporou o lugar de todas as esperanças e possibilidades de uma boa vida. A imagem capitalista ganhava os contornos de uma democracia de mercado, caracterizada pela liberdade de