Marcha
Nosso presente estudo tem por objetivo entender a distância percorrida pelos jogadores de futebol dentro de um jogo, relacionando com a dimensão da passada individual de cada atleta. A análise do padrão de deslocamentos em partidas de esportes com bola tem sido objeto de diversas investigações (Kokubun & Daniel, 1992; Bangsbo, 1993;Ananias, 1995; Molina, 1996). Essas análises, em geral, consideram valores médios ou proporções de categorias de velocidades como variáveis representativas do padrão de deslocamentos. Essas variáveis, contudo, não conseguem expressar a complexa relação entre durações e intensidades dos deslocamentos. Sendo o futebol uma modalidade desenvolvida de forma coletiva, que possui características particulares e tem sido foco de pesquisadores que buscam conhecer aspectos como distância percorrida, capacidades físicas envolvidas, metabolismo predominante na produção de energia para atletas entre outros (CAMPEIZ, 2001), podemos desenvolver um relato para estes dados, numa avaliação da preparação dos jogadores de futebol. Em relação às ações motoras, diferentes autores apresentam que a maioria das atividades realizadas pelos futebolistas acontece sem bola, em ações para criar espaços para os companheiros que estão com a bola, para enganar os adversários ou para acompanhar os oponentes (REILLY, BANGSBO, FRANKS, 2000), tudo isto é considerado deslocamento e contribui para o desgaste físico do atleta e deve ser considerado para análise da preparação do futebolista. Segundo Ekblom (1986), 8% a 18% da distância total percorrida durante a partida, são realizadas em máxima intensidade. De acordo com o professor Odair Mateus Gasques Filho podemos observar que nas últimas quatro décadas houve um aumento significativo, de mais de 100% na metragem total percorrida por um jogador de futebol ao final de uma partida de 90 minutos. Nunes (2004) aponta que para jogar qualquer modalidade coletiva, entre elas o futebol, ter a habilidade de mudar