Marcelismo e 25 de Abril de 1974
Marcello Caetano: renovação na continuidade (parecia finalmente que as portas do regime se iriam abrir para a liberalização democrática)
Alguma dinâmica reformista do regime: Descompressão da repressão policial e na censura;
Regresso dos exilados (bispo do Porto, Mário Soares…);
PIDE muda o nome para DGS (imagem de uma polícia mais moderna);
União Nacional passa a designar-se por ANP (acção Nacional Popular) e abre-se a novas sensibilidades políticas (nova geração de deputados adeptos da liberalização do regime – Sá Carneiro, Pinto Balsemão..)
Eleições de 1969: voto para todas as mulheres escolarizadas; legalização de movimentos não comunistas; consulta dos cadernos eleitorais; fiscalização das mesas de voto;
Movimentos oposicionistas organizaram alguns congressos; estes movimentos conseguiram algum sucesso na denúncia do carácter ditatorial.
Porém, Caetano dava sinais de privilegiar a continuidade:
- Eclode o movimento de contestação estudantil nas universidades de Lisboa e Coimbra
- Intensifica-se de novo a repressão policial
- Denúncias internacionais das injustiças da guerra colonial;
- Reorganiza-se a oposição; movimentos clandestinos armados intensificam as acções violentas;
- Impacto da guerra colonial: . Externamente – o papa Paulo VI recebe os líderes nacionalistas das colónias portuguesas; manifestos de protesto na visita de Marcello a Londres; declaração unilateral de independência da Guiné- Bissau; . Internamente – contestação estudantil (universitária); contestação de grupos católicos progressistas; deputados da ala liberal abandonam a Assembleia Nacional; O livro do general António Spínola “ Portugal e o Futuro”denuncia da falência da solução militar.
DA REVOLUÇÃO À ESTABILIZAÇÃO DA DEMOCRACIA
MFA e a eclosão da revolução
Conjuntura política: guerra colonial; condenação internacional da política colonial Descontentamento militar perante a recusa de uma solução