Marcel Duchamp
Artista: Marcel Duchamp
Espaço: Metrô de São Paulo
Marcel Duchamp rompeu com o cartesiano e trouxe objetos da vida cotidiana para o meio das artes plásticas, tendo como denominação Ready-Made. Com isso ele sustentou a redefinição daquilo que pode constituir uma obra de arte, como podemos perceber e como lidarmos com ela. Isso tronou Marcel Duchamp no artista mais influente do século 20. O Dadaísmo se revelou pela recusa às técnicas propriamente “artísticas”, com materiais e processos de produção de forma industrial, deixando de utilizar o uso e objetivo de forma habitual. O Ready-Made, de Duchamp, produz através desse conjunto de princípios e espírito crítico que conduz o Dadaísmo, levando um objeto qualquer à ser visto na condição de obra de arte.
O primeiro Ready-Made criado por Duchamp em 1912, é uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho – Roda de Bicicleta. Os Ready-Mades compostos por mais de um objeto são chamados Ready-Mades Retificados.
Logo após a criação de Roda de Bicicleta, expôs um escorredor de garrafas.
E, em seguida, no ano de 1917, expôs um urinol invertido, assinado com seu pseudônimo R. Mutt. E deu-lhe o título de Fonte. Além da reprodução de Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, em 1919, acrescentando um bigode, um cavanhaque e as letras L.H.O.O.Q., que em seu significado Francês, formam a frase traduzida “Ela tem fogo no rabo”.
Duchamp afirmava que os objetos não possuem um valor em si, porém, o adquirem em função do sujeita e validação pela definição da “autoria”. Como por exemplo, colocar a assinatura no mictório.
Após nove décadas, há uma discussão sobre influência de Duchamp e seus Ready-Mades na Arte Contemporânea. Alguns lidam com essa influência de maneira libertadora, outros como influência facilitadora e catastrófica. Porém, colocando como comparação no contexto da arte moderna, a invenção do Ready-Made é um gesto