Marcadores Bioquímicos do Infarto Agudo do Miocárdio
As doenças cardiovasculares representam um grave problema para a saúde pública, pois afetam milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em 2011, as doenças cardiovasculares eram responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas no país em um ano. A alta frequência do problema coloca o Brasil entre os 10 países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
Dentre as doenças cardiovasculares, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), principal causa de morte nos países industrializados, está relacionado à Doença Arterial Coronariana (DAC), no qual há deposição de placas de gordura nas paredes das artérias coronárias. Quando essas placas obstruem o fluxo sanguíneo para o coração, o músculo cardíaco começa a morrer por falta de sangue/oxigênio.
Exames para diagnóstico:
Eletrocardiograma (ECG - detecta alterações na presença de um infarto);
Angiografia coronariana (passagem de um cateter através de um vaso sanguíneo -- caso identifique uma o obstrução, a desobstrução é feita no mesmo momento para restaurar o fluxo sanguíneo normal para o coração);
Dosagem de enzimas cardíacas.
Os marcadores bioquímicos do IAM estão em evolução constante, valorizando os mais sensíveis e mais específicos. Para evitar falsas interpretações, devem-se conhecer os sítios fisiológicos de cada marcador, principalmente quando este é originário de diferentes órgãos. É importante analisar o menor tempo para o marcador se elevar na corrente sanguínea e o tempo que leva para retornar aos valores de referência. Esse intervalo é denominado “janela diagnóstica”.
Os marcadores bioquímicos da IAM podem ser classificados em:
MARCADORES CLÁSSICOS
Aspartato aminotransferase – AST
Aspartato aminotransferase, antes denominada de transaminase glutâmico oxalacética (TGO) está presente nas fibras musculares esqueléticas e cardíacas, nos parênquimas hepático, pancreático e renal, nos