Marc Ferrez
Nasceu e morreu na cidade do Rio de Janeiro (1843-1923). Vindo de uma família de escultores, já acostumado a viver no círculo mais ilustrado da corte, pertenceu ao período do final do Império e inicio da República. Ficou órfão aos sete anos e vai para a França estudar.
Retornando ao Rio de Janeiro trabalha na casa Leuzinger (tipografia, papelaria, ateliê de fotografia), aprendendo técnicas fotográficas com Frans Keller.Em 1865 se colocando entre os principais profissionais abriu o estúdio Marc Ferrez & Cia, porém em 1873 sua casa e também estúdio pega fogo e ele retorna para a Europa. Readquirindo equipamentos em 1875, retorna ao Brasil e integra-se á Comissão Geológica do Império do Brasil; fotografando pela primeira vez os índios Botocudos no Sul da Bahia.
Ferrez fez o trabalho de documentação da canalização do rio São Pedro e da construção do reservatório no Morro do Pedregulho da então capital, Rio de Janeiro (1879). No ano de 1880 ganhou o título de Fotografo da Marinha Imperial. Neste mesmo ano encomenda ao francês M. Brandon uma máquina fotográfica por ele idealizada, capaz de executar imagens panorâmicas em grandes dimensões. Em 1881 trouxe para o Brasil as primeiras chapas secas, dos irmãos Lumieré e em 1912 traz as chapas “autochrome”, também dos irmãos.
Associou-se ao encadernador Henri Gustave Lombaets fundou a Lombates, Marc Ferres & Cia, publicando postais, o jornal A Estação e o álbum Quadros de História Pátria; com duração de 1890 a 1892. Em 1883 fez registros da Revolta Armada que resultou nos estragos da cede e navios da Marinha brasileira. Dois anos depois a Casa Marc Ferrez é indicada pelo Almanaque Laemmert como único lugar do Rio de Janeiro que se encontrar equipamentos e artigos fotográficos. No mesmo ano fez experiências com luz oxietérica e raio x. Lançou uma série de postais usando a fototipia. Lançou também no mesmo ano registros de ofícios urbanos (ex.: quitandeiro, jornaleiro). Ferrez teve o cuidado de retratar a