Maralharia

2. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA MALHARIA

O tecido de malha surge do entrelaçamento de laçadas de um ou mais fios. Recentes descobertas de tecidos de malha no Egito provam que o método de fazer malha ou tricotar já era conhecido no século V a. C. (PEZZOLO, 2007). Segundo Aquino (p.6, 2008) “ a malha foi originada a partir da laçada das redes de pescar e rede de armadilhas feitas pelos povos antigos, que desenvolveram o ofício da formação de um tecido pelo entrelaçamento do fio.” Entretanto o primeiro tear por malha foi inventado em 1589 por William Lee, porém a rainha Elizabeth se recusou a dar a patente pois temia que ele prejudicasse a indústria da malha feita manualmente. Lee então desenvolveu um tear para ser usado com seda, como os ingleses continuaram desinteressados resolveu levar seu tear para a França, onde finalmente fez sucesso se difundindo por toda a Europa no século XVII. No ano de 1758, ocorreu uma melhoria na primeira máquina de tear, quando o fiador britânico Jedediah Strutt (1726-97) inventou um acessório para a máquina de fazer meia que possibilitou a produção da malha ribana. No início do século XIX, o engenheiro britânico Marc Isambard Brunel inventou a máquina de malharia circular, que ele batizou de "tricoteur" (AQUINO, 2008). Segundo AMARAL et al. (2007) a partir do século XVIII, surgiram diversos produtos feitos de malha de algodão, entre estes estavam cortinas, cobertas, anáguas e luvas. Durante muitos anos o vestuário de malharia era apenas de cor branco, mas entre 1920 e 1925, a prática foi introduzida na alta costura, passando a produzir peças coloridas. Porém mesmo com este significativo avanço na década de 20 a malharia teve seu maior desenvolvimento no final da década de 40, quando deu-se o surgimento das fibras sintéticas. Nas últimas décadas o setor das malhas passou a ocupar um lugar elevado no setor têxtil, que é hoje idêntico ao da tecelagem, tendendo mesmo a ultrapassá-la, a medida que mais estruturas de malha são utilizadas