MAR PORTUGUES
Bem-vindos a esta aventura de descoberta ou de redescoberta da Mensagem de Fernando Pessoa.
Antes de mais, este livro constitui uma reinterpretação mítica da História de Portugal que visa, no essencial, responder a duas perguntas: Quem somos nós, enquanto nação? Qual é a nossa missão em termos coletivos?
De facto, através da estrutura tripartida desta obra – Brasão, Mar Português e O Encoberto, representando um ciclo primordial, com nascimento, vida e morte; a qual não é um fim absoluto, mas a fronteira entre o que se acaba e o que está prestes a começar - pretende-se, em última análise, dar resposta às duas perguntas já referidas.
A primeira parte da Mensagem, intitulada Brasão, apresenta a dinâmica dos traços distintivos da nossa identidade mítica nacional e responde à primeira pergunta: nós, os lusíadas, à imagem e à semelhança do povo judeu, somos um povo eleito por Deus - o Deus da Bíblia, ser infinito e pessoal, senhor soberano da História da Humanidade - o qual nos escolheu para o cumprimento de uma missão sagrada.
Lembremos, a título de exemplo, o pai fundador da nação – D. Afonso Henriques - um guerreiro escolhido por Deus para o cumprimento de uma missão divina, de quem nós, portugueses do início do século XXI, além de sermos seus descendentes, temos também a responsabilidade de nos assumirmos como os seus continuadores, prontos para cumprir a parte da missão sagrada que nos foi legada como nação.
Pai, foste cavaleiro.
Hoje a vigília é nossa.
Dá-nos o exemplo inteiro (de Fé, Coragem, Determinação)
E a tua inteira força! (Anímica, Moral e Espiritual)
Dá (…)
A bênção (do Patriarca) como espada, (Voto de Confirmação e de Confiança)
A espada (do Guerreiro) como bênção. (Força Anímica para a Ação)
Recordemos, D. Dinis – rei, poeta, profeta - que durante o dia mandava semear pinhais e ao serão ia semeando poemas, baseados nas