Maquiavel
Nicolau Maquiavel, nascido na segunda metade do século XV, em Florença, na Itália, trata-se de um dos principais intelectuais do período chamado Renascimento, inaugurando o pensamento político moderno. Ao escrever sua obra mais famosa, “O Príncipe”, o contexto político da Península Itálica estava conturbado, marcado por uma constante instabilidade, uma vez que eram muitas as disputas políticas pelo controle e manutenção dos domínios territoriais das cidades e estados.
“O Príncipe” foi escrito como um pequeno presente a Lourenzo de Médice, duque de Ulbino. Cresceu a admiração por Lorenzo quando ele restaurou o poder dos Médice em Florença, fato que fez Maquiavel querer presentea-lo, como reconhecimento a tal feito.
Inicialmente, o autor, implícita que o conhecimento vale mais que os presentes que o duque está acostumado a receber. Com isso deixa claro que o restante do livro são experiências e pensamentos próprios, e com isso, toma com o método o que escritores renascentistas faziam: comparavam os acontecimentos modernos com o da antiguidade clássica, particularmente Roma, considerada pelos renascentistas como fonte de grandes exemplos de sabedoria e excelência.
Fazendo uma leitura da obra como um todo, Maquiavel a divide em três pontos que a atenção do príncipe tenha de ser dobrada: seus principados, seu exército, e sua imagem. Não é de se estranhar que o livro é ser considerado um “manual de como governar”.
“[...] Estes domínios assim adquiridos estão acostumados ou a viver sob um príncipe ou a viver livres; e são adquiridos ou pelas armas de outrem ou pelas próprias, por fortuna ou virtude” (MAQUIAVEL, 2013, p. 49). Nesse trecho, virtude não tem a concepção de atualmente. No tempo que foi escrito, virtude não significava somente razão, no sentido contemporâneo do termo; entre outras